O
comércio eletrônico já é uma realidade para uma em cada quatro pessoas no
Brasil. Os dados são da empresa de consultoria E-bit, que afirma que 51,3
milhões de habitantes já usaram a internet para adquirir um produto ou serviço
pelo menos uma vez. Esses números, porém, trazem uma preocupação: também é
grande a quantidade de golpes aplicados na rede mundial de computadores.
A
associação de consumidores Proteste lançou recentemente uma campanha para
alertar sobre os riscos. “Infelizmente, o número de ocorrências desse tipo tem
aumentado, já que também tem crescido o volume de compras pela internet. Muitas
vezes o consumidor não sabe distinguir uma loja confiável de um estabelecimento
falso, destinado à aplicação de golpes”, afirma Maria Inês Dolci, coordenadora
institucional da entidade.
Entre
os principais golpes estão os e-mails que aparentemente são enviados por uma
empresa ou uma pessoa de confiança, mas na verdade são ferramentas para
tentativas de fraude. Essas mensagens são enviadas por golpistas virtuais, os
chamados hackers, que buscam os números de contas bancárias, cartões de
créditos e senhas, entre outros dados.
Em
caso recente, notificado pela Proteste, um consumidor recebeu um e-mail com uma
solicitação de venda de pontos de um cartão de crédito. Ao clicar no link
disponível na mensagem foi encaminhado para uma página falsa. Nesse caso, a
possibilidade de venda de pontos já dava um indício de fraude. Esse
procedimento é ilegal no Brasil. Portanto, toda atenção à verossimilhança dos
fatos também é de suma importância.
Maria
Inês afirma que o consumidor deve denunciar qualquer tentativa de golpe que
identificar. “Ele deve entrar em contato com as entidades de defesa, indicando
quais são essas páginas e que tipo de fraudes estão tentando aplicar. E, se o
dano for muito grande, ele deve buscar a Justiça”, afirma.
O
consultor Ricardo Giorgio, especialista em segurança da informação, explica que
a maior parte dos golpes aplicados na internet é do tipo “cavalo de Troia”, ou
seja, programas que roubam os dados financeiros – como do cartão de crédito ou
da conta bancária – de pessoas que vão realizar compras na internet. E muitas
dessas ofertas vêm por e-mail.
“Se
você tem dúvida sobre a veracidade de um e-mail recebido, mesmo que tenha sido
mandado por pessoa da sua confiança, o melhor é pecar pelo excesso. Ou seja,
apague sem ler. Em muitos casos a curiosidade pode trazer grandes prejuízos”,
afirma.
Giorgio
esclarece que o melhor procedimento é evitar clicar em qualquer link recebido
por e-mail, mesmo em casos em que não há fraude aparente. Nestas situações, a
recomendação é digitar no navegador o endereço do site ao qual a mensagem se
refere.
“Se
você receber uma oferta imperdível, desconfie. Ninguém dá nada de graça. No
mundo virtual, vão fazer de tudo para que você clique em links de e-mail. O
simples clique pode ser suficiente para instalar um programa que vai roubar os
seus dados”, conclui.
Para
evitar problemas, leia dicas da Proteste para compras na internet:
·
Desconfie de vantagens em divergência com as práticas de mercado
– como preços muito vantajosos;
·
Fique atento aos certificados de segurança digitais do site –
como a imagem de um cadeado ao pé da página;
·
Pesquise previamente a reputação do site em páginas dos órgãos
de defesa do consumidor, redes sociais e fóruns de discussão;
·
Priorize páginas conhecidas pelo público em geral;
·
Verifique se o site possui telefone, endereço e CNPJ.
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